Um incidente ocorreu em Registro, interior de São Paulo, quando um menino de apenas 12 anos foi hospitalizado após um ataque de pitbulls. O garoto estava pedalando pela Estrada Municipal do bairro Ribeirão quando foi surpreendido pelos animais. Além dos ferimentos graves, uma cadela também perdeu a vida durante o ataque. O menino permanece internado, sem previsão de alta médica, e o caso levanta questões sérias sobre a responsabilidade dos tutores de animais.
Na tarde da última terça-feira (29), o adolescente pedalava calmamente quando os pitbulls, que não estavam sob controle, o atacaram, mordendo suas pernas e braços. A gravidade dos ferimentos exigiu uma cirurgia de emergência, resultando em uma "reconstrução dos tecidos" na unidade hospitalar da cidade. A mãe do menino, Gabriela de Oliveira Silvano, de 36 anos, descreveu a cena como um "choque" e compartilhou sua angustiante experiência ao saber do ocorrido por meio de sua filha mais velha.
Os relatos sobre o ataque são devastadores. Patrícia Soares Arruda, uma agricultora que tentou ajudar o menino, contou que sua cadela foi morta pelos pitbulls enquanto ela tentava socorrer a criança.
O delegado do 1º Distrito Policial de Registro, Filipe Costamilan Pereira, informou que os pitbulls foram recolhidos pelos donos, que também possuíam outros cães filhotes da mesma raça. Ele afirmou que as investigações estão focadas em entender como os animais conseguiram escapar da vigilância de seus tutores.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) registrou o caso como lesão corporal e omissão de cautela na guarda de animais. Embora a dona dos pitbulls tenha se manifestado pedindo desculpas e oferecendo apoio à família do menino, Gabriela deixou claro que, até o momento, as palavras não foram acompanhadas de ações concretas.
Os pitbulls, conhecidos por sua força e, em alguns casos, agressividade, têm uma história que se entrelaça com a função de combate entre cães. Maurício Souza de Moura, um médico veterinário e ex-criador da raça, esclareceu que, embora os pitbulls tenham sido criados originalmente para lutas, não são inerentemente perigosos para os seres humanos, a menos que haja um desvio de comportamento. Essa informação é vital para entender a complexidade da raça e a importância de um manejo adequado.
Maurício sugere que, ao enfrentar um ataque, é crucial manter a calma. A postura do corpo deve ser ereta, evitando movimentos bruscos que possam instigar o animal. Ele enfatiza que muitos ataques podem ser evitados com uma abordagem tranquila e firme por parte do ser humano. Se um ataque não puder ser evitado, a orientação é proteger as partes do corpo que são mais recuperáveis, como os braços, minimizando o risco de lesões fatais.
Após um ataque de pitbulls, é fundamental que os tutores avaliem o comportamento de seus animais. Se um cachorro apresenta comportamentos agressivos, o adestramento e a intervenção de especialistas podem ser necessários. Em casos extremos, onde o comportamento do animal representa um perigo constante, a reabilitação ou, em último caso, a eutanásia pode ser considerada, mas sempre como última alternativa.
Além disso, é essencial que os tutores sigam as normas de segurança estabelecidas por lei. Isso inclui o uso de guias curtas, focinheiras e outros equipamentos que garantam a segurança da comunidade. O não cumprimento dessas normas pode resultar em consequências legais, além de colocar em risco a vida de pessoas e outros animais.
(function(w,q){w[q]=w[q]||[];w[q].push(["_mgc.load"])})(window,"_mgq");