A Polícia Civil prendeu, em Itabuna (BA), um casal e a irmã da mulher, acusados de maus-tratos a sete crianças e pela morte de uma delas em Sete Barras, no Vale do Ribeira, interior de São Paulo. Segundo a investigação, quatro das vítimas são filhas do casal, enquanto as outras três são filhas de apenas uma das suspeitas.
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O caso foi descoberto após a morte de uma das crianças no Hospital Regional de Registro (SP), onde foi internada por complicações de saúde. A declaração de óbito apontou pneumonia e anemia não especificada como causas da morte. As investigações indicam que os acusados privaram os menores de cuidados médicos e acesso à educação, alegando que “não deveriam estudar”.
Investigação e resgate das crianças
As autoridades iniciaram as apurações depois que o pai de uma das crianças obteve, na Justiça, a guarda unilateral do filho. A 3ª Vara Cível de Registro expediu um mandado de busca e apreensão, mas, ao chegar à residência em Sete Barras, as autoridades encontraram o imóvel vazio.
Em outubro, o advogado do pai procurou a polícia com informações sobre a morte de uma criança internada no Hospital Regional. No dia 5 de outubro, o advogado acompanhava o caso no hospital quando foi informado do falecimento do menor. Este episódio intensificou as buscas pelos acusados.
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Prisões em Itabuna e transferência para o Vale do Ribeira
Após descobrir que o trio fugiu para o estado da Bahia, a Polícia Civil de São Paulo solicitou a prisão preventiva dos acusados. Os suspeitos se entregaram na delegacia de Itabuna (BA) no dia 10 de outubro e agora serão transferidos para o sistema prisional do Vale do Ribeira.
As cinco crianças restantes foram levadas para um abrigo e estão sob a tutela do Conselho Tutelar. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso segue sob investigação, com os acusados respondendo por homicídio qualificado, maus-tratos e abandono material e intelectual.
Maus-tratos prolongados e fuga dos responsáveis
Segundo a Polícia Civil, o casal e a cunhada impuseram condições abusivas às crianças, impedindo que frequentassem a escola e tomassem medicamentos ou vacinas. Durante a fuga, os suspeitos deixaram para trás as crianças, que viviam em situação de risco. Uma delas, entregue ao pai, foi a primeira a ser resgatada, permitindo que as investigações avançassem.
Agora, as autoridades trabalham para garantir o bem-estar dos menores enquanto o inquérito policial prossegue no Vale do Ribeira, onde a Justiça acompanha o caso de perto.