Um peixe da espécie mero, conhecido por seu grande porte, foi encontrado encalhado na praia do Rio Verde, localizada na Estação Ecológica Jureia-Itatins, em Iguape, no litoral sul de São Paulo, região do Vale do Ribeira. O animal, já sem vida, media cerca de 2 metros e pesava aproximadamente 200 quilos. O biólogo Ed Ventura, do Instituto Bioventura, foi quem localizou o peixe no último sábado (28).
A área onde o peixe foi encontrado é restrita, sendo acessível apenas para pesquisadores autorizados. Segundo Ventura, apesar de a espécie ser comum na região, essa foi a primeira vez que ele encontrou um mero desse porte. Ele acredita que o peixe tenha sido levado até a faixa de areia pelas ondas fortes que atingiram a costa na noite anterior. Quando foi descoberto, a carcaça do peixe já estava sendo consumida por urubus e exalava um forte odor.
O biólogo destacou que, apesar de seu tamanho impressionante, o mero é uma espécie pacífica e não representa perigo para os seres humanos. Devido à sua aproximação amigável com mergulhadores, muitos acabam sendo caçados, o que contribui para a diminuição da espécie, atualmente ameaçada de extinção.
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Importância ecológica do mero
Os meros habitam águas costeiras e rasas em regiões tropicais e subtropicais, sendo predadores de topo de cadeia. Eles ajudam a manter o equilíbrio dos ecossistemas marinhos ao controlar a população de outros peixes e invertebrados. Com a diminuição da espécie, há o risco de aumento de peixes carnívoros que se alimentam de herbívoros, o que pode resultar no crescimento descontrolado de algas, alterando o ambiente marinho.
A espécie pode alcançar impressionantes 400 quilos e tem o nome científico Epinephelus itajara, que significa "senhor das pedras", devido ao hábito de se abrigar entre rochas e naufrágios.
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