A prisão do suspeito pela morte da estudante de farmácia Ianca Victoria de Oliveira Silva, de 19 anos, trouxe um misto de alívio e dor para sua mãe, Rosa Aparecida de Oliveira Azevedo. A jovem desapareceu no dia 11 de setembro, após ligar pedindo socorro ao namorado. Seu corpo foi encontrado na manhã seguinte em uma área de mata no bairro Bromélia, em Registro, no Vale do Ribeira. O homem, de 35 anos, suspeito de cometer o crime, foi preso na última segunda-feira (23).
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"Ele me matou também, uma parte de mim morreu junto com minha filha. Mas saber que ele está preso me traz um pequeno alívio. Ele não vai fazer mais ninguém sofrer o que estou sofrendo", declarou Rosa, emocionada.
Prisão do Suspeito e Investigação
A prisão do suspeito aconteceu após intensas diligências realizadas pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Registro, em conjunto com a Delegacia Seccional da cidade. O homem, usuário de crack e sem ocupação fixa, foi detido próximo a um terreno abandonado no Jardim das Palmeiras. Segundo a polícia, ele confessou o crime informalmente.
"Coletamos provas técnicas e científicas, analisamos imagens e fragmentos de DNA. Essas evidências nos levaram até o suspeito, que teve sua prisão temporária decretada pelo poder judiciário", afirmou o delegado Marcelo de Freitas, responsável pelo caso.
A polícia trabalha com a hipótese de latrocínio, pois o suspeito teria tentado roubar o celular de Ianca. Durante a ação, ele a agrediu com um golpe conhecido como "mata-leão", o que causou a asfixia e morte da jovem. O aparelho não foi levado devido à escuridão no local.
O Caso
Ianca foi vista pela última vez ao deixar o Centro Universitário do Vale do Ribeira (Unisepe), onde estudava farmácia. Em uma breve ligação ao namorado, às 22h05, ela gritou por socorro: “Fique longe de mim”, antes de desaparecer. Seu corpo foi encontrado na manhã seguinte, em uma área de mata perto da faculdade.
A mãe de Ianca soube da morte da filha ao tentar registrar o boletim de ocorrência no dia 12 de setembro. "Eu já sabia que algo tinha acontecido com ela. Quando chamaram meu marido para conversar em particular, meu coração desmoronou", disse Rosa.
Comoção na Região
O assassinato de Ianca chocou a comunidade local e os estudantes da Unisepe. A instituição emitiu uma nota de pesar lamentando a perda da jovem. "Nossos corações estão em luto pela perda irreparável de nossa querida aluna. Que sua memória seja eternamente lembrada", dizia o comunicado.
A investigação do caso segue em andamento, com a conclusão do inquérito aguardada para os próximos dias. A prisão do suspeito trouxe alívio à família, mas a dor da perda é irreparável.
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