A região do Vale do Ribeira foi palco de mais uma operação policial de combate ao crime organizado. Um homem de 19 anos foi preso pela Polícia Civil de Registro (SP) por fazer parte de uma quadrilha especializada em roubo de cargas na rodovia Régis Bittencourt. O suspeito, que já tinha passagens por tráfico de drogas e adulteração de veículos, foi surpreendido dormindo em sua residência em Miracatu.
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A ação faz parte de uma investigação mais ampla que apura uma série de crimes na região, incluindo um caso ocorrido em fevereiro, em que uma vítima foi mantida refém e obrigada a realizar transferências bancárias. Além disso, parte de uma carga com equipamentos de academia foi roubada. A prisão ocorreu no último sábado (5), no bairro Jardim Yolanda, marcando mais um avanço no combate à criminalidade no Vale do Ribeira.
Durante a operação, os policiais apreenderam dois celulares que podem conter provas ligadas aos crimes de roubo e extorsão. O suspeito foi detido em flagrante, e as investigações continuam para identificar e prender outros integrantes da quadrilha. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) reforça que ações como essa são essenciais para garantir a segurança nas rodovias e municípios da região.
Detalhes da Prisão e Investigação
A Polícia Civil de Registro, com apoio de agentes especializados, cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, localizada em Miracatu, cidade situada no Vale do Ribeira. O homem, de apenas 19 anos, foi encontrado dormindo e não ofereceu resistência no momento da abordagem. Segundo as autoridades, ele integrava um grupo criminoso responsável por diversos assaltos a caminhões na rodovia Régis Bittencourt (BR-116), uma das principais rotas de escoamento de cargas do estado.
A investigação teve início após um crime ocorrido em fevereiro, quando criminosos renderam um motorista, obrigando-o a realizar transferências bancárias e roubando parte de sua carga. Desde então, a polícia vinha monitorando as atividades da quadrilha, que atuava principalmente em trechos estratégicos da rodovia, onde os motoristas ficam mais vulneráveis.
Material Apreendido e Próximos Passos
Durante a operação, foram apreendidos dois smartphones que podem conter informações cruciais sobre a organização criminosa. Os aparelhos serão periciados para identificar possíveis mensagens, registros de ligações e outros dados que ajudem a desvendar a extensão da quadrilha.
A SSP informou que as investigações continuam para localizar outros membros do grupo, que pode ter ramificações em outras cidades do Vale do Ribeira e até mesmo em regiões vizinhas. A expectativa é que novas prisões ocorram nos próximos dias, reforçando a segurança nas rodovias e reduzindo os índices de roubo de cargas na região.
O jovem preso já possuía um extenso histórico criminal, incluindo passagens por:
Tráfico de drogas
Adulteração de sinal identificador de veículo (chamado "clonagem")
Resistência à prisão
A quadrilha à qual ele estava ligado é conhecida por agir de forma organizada, utilizando táticas como:
Bloqueio de estradas para impedir a fuga de motoristas.
Intimidação com armas de fogo para coagir as vítimas.
Uso de aplicativos de mensagem para coordenar os crimes.
Esses criminosos têm como alvo principal cargas de alto valor, como eletrônicos, medicamentos, bebidas e equipamentos industriais. A região do Vale do Ribeira, por ser um corredor logístico importante, acaba sendo alvo frequente desse tipo de ação.
Prejuízos Econômicos e Sociais
Os roubos de carga na BR-116 afetam diretamente a economia da região, causando:
Aumento nos custos de transporte (devido a seguros mais caros).
Desabastecimento de mercadorias em cidades menores.
Insegurança para motoristas, que muitas vezes evitam trafegar à noite.
Além disso, a violência associada a esses crimes gera um clima de tensão entre moradores e comerciantes locais, que dependem das rodovias para o escoamento de produtos.
Para combater esse tipo de crime, a Polícia Civil e a SSP têm intensificado operações no Vale do Ribeira, incluindo:
Monitoramento por câmeras em pontos críticos da rodovia.
Blitzes surpresa para verificação de documentos e cargas.
Parceria com empresas de transporte para compartilhamento de informações.
A população também pode colaborar denunciando atividades suspeitas através do Disque-Denúncia (181) ou aplicativos de segurança pública.
