No último domingo (10), um homem foi derrubado de moto e chutado por guardas durante uma abordagem em Apiaí, no Vale do Ribeira, interior de São Paulo. A ação foi registrada em vídeo e rapidamente viralizou nas redes sociais. As imagens mostram dois guardas civis municipais, sendo que um deles chega a apontar uma arma para o motociclista.
A Prefeitura de Apiaí informou que o homem realizava manobras perigosas com a motocicleta e tentou fugir durante a abordagem. Apesar da cena de violência, ninguém foi preso, e o caso gerou polêmica, levantando questionamentos sobre o uso da força por parte dos agentes.
De acordo com a Guarda Civil Municipal (GCM), a abordagem ocorreu no bairro Lageado de Araçaíba após diversas denúncias da população. As reclamações apontavam que motociclistas estavam colocando a segurança de pedestres e motoristas em risco com atitudes imprudentes.
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A prefeitura afirmou, por meio de nota, que a GCM tem o dever de agir em situações que ameacem a ordem pública. No entanto, as cenas de violência geraram críticas da população e de organizações de direitos humanos, que questionam se o uso da força foi proporcional.
"Essas imagens reforçam a necessidade de treinar os agentes para lidar com situações extremas sem recorrer a atos abusivos", comentou um especialista em segurança pública.
Segundo a Prefeitura de Apiaí, a ação que resultou na abordagem violenta teve origem em denúncias feitas por moradores. Diversos relatos indicavam que motociclistas vinham realizando manobras perigosas em áreas movimentadas da cidade. O bairro Lageado de Araçaíba, onde o incidente ocorreu, é uma das regiões mais afetadas.
Os guardas informaram que o homem derrubado era um dos responsáveis pelas infrações. De acordo com a GCM, ele pilotava em alta velocidade, desrespeitando sinais de trânsito e colocando em risco a segurança de pedestres e outros motoristas.
"A prática de manobras perigosas e o desrespeito às leis de trânsito são infrações graves", destacou a prefeitura. Apesar disso, o uso excessivo da força por parte dos agentes levantou um debate acirrado sobre os limites da atuação policial em casos como este.
Mesmo com a repercussão do caso em Apiaí, o delegado Valmir Oliveira Barbosa informou que não houve registro oficial da ocorrência. Questionada sobre o motivo pelo qual as agressões não foram levadas à polícia, a prefeitura não deu uma resposta clara.
Procurada pela imprensa, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) também não se manifestou sobre o incidente. A falta de respostas das autoridades competentes gerou indignação entre moradores e líderes comunitários, que pedem mais transparência na condução do caso.
Para muitos, a ausência de um registro formal é preocupante, pois levanta dúvidas sobre a possibilidade de impunidade. "Casos assim precisam ser apurados com rigor. A falta de registro enfraquece a confiança da população nas instituições", ressaltou um advogado local.
A Prefeitura de Apiaí defendeu a atuação da GCM, afirmando que os agentes agiram com o objetivo de garantir a ordem pública. Segundo o município, as ações da guarda são orientadas por protocolos que determinam o uso proporcional e razoável da força.
"A Guarda Civil Municipal de Apiaí não compactua com atos abusivos. Em todas as situações, buscamos empregar os meios moderados de força, sempre visando a segurança e integridade das pessoas", declarou a administração municipal em nota.
Além disso, a prefeitura reiterou que continuará monitorando áreas da cidade com histórico de infrações e atividades ilícitas. "Nosso objetivo é garantir um ambiente seguro e tranquilo para todos os cidadãos", acrescentou.
Entre os moradores de Apiaí, as opiniões sobre o caso são divididas. Enquanto alguns defendem a atuação dos guardas como necessária para combater as infrações de trânsito, outros condenam a violência empregada.
"Esses motociclistas estão colocando a vida de todos em risco. A GCM fez o que era preciso para deter esse comportamento", afirmou um morador. Já outros, como uma comerciante local, criticaram duramente a abordagem. "Nada justifica derrubar alguém da moto e chutá-lo. Isso é abuso de autoridade."
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