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Distante mais de 150 km do local onde deveria estar, detento que fugiu durante 'saidinha' é capturado por policiais

Homem deveria ter retornado ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP). Ele foi capturado enquanto caminhava por uma alameda no Vale do Ribeira.

Fagner Vieira
Por: Fagner Vieira Fonte: Por Fagner Vieira, Registro Diário
01/11/2024 às 07h53 Atualizada em 12/11/2024 às 09h02
Distante mais de 150 km do local onde deveria estar, detento que fugiu durante 'saidinha' é capturado por policiais
Distante mais de 150 km do local onde deveria estar, detento que fugiu durante 'saidinha' é capturado por policiais / Foto: Reprodução

Um detento que fugiu durante a tradicional "saidinha" foi recapturado no litoral de São Paulo, distante mais de 150 km do local onde deveria estar. Ele deveria ter retornado ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Mongaguá, mas foi encontrado por agentes durante uma patrulha. O homem, de 28 anos, possui um histórico de reincidências criminais. 


A recaptura ocorreu na cidade de Iguape, onde o detento, que não voltou ao sistema penitenciário após a saída temporária, foi abordado.
 

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Histórico de Reincidência do Detento que Fugiu Durante 'Saidinha'
 

O detento, capturado após a fuga durante a "saidinha", possui uma ficha criminal extensa, com passagens por furto, receptação e tráfico de drogas. Anteriormente, ele esteve internado em várias penitenciárias das regiões da Baixada Santista e Vale do Ribeira antes de ser transferido ao CPP de Mongaguá. Essa transferência, ocorrida em setembro deste ano, indicava uma nova tentativa de reabilitação do detento, que já contava com passagens em diversas instituições penais. 

No dia 17 de setembro, o detento recebeu a autorização para sair temporariamente da prisão, um benefício comum em datas específicas do ano, com a condição de retornar ao CPP no dia 23 de setembro. No entanto, ao não retornar, ele tornou-se alvo de buscas pelas autoridades, e seu status foi atualizado para "procurado" pelas forças de segurança da região. 


A Captura: Operação da Polícia Militar
 

Na manhã de 28 de outubro, policiais militares que patrulhavam a região do bairro Rocio, em Iguape, encontraram o detento que fugiu durante a 'saidinha'. Ele caminhava pela Alameda Santos quando foi reconhecido pelos agentes, que já tinham conhecimento prévio sobre seu histórico e situação. De acordo com o boletim de ocorrência, o detento é "conhecido" entre os policiais, facilitando o reconhecimento e a abordagem. 

Apesar de não carregar nenhum item ilícito no momento da abordagem, o homem foi imediatamente identificado como foragido. Ele então foi conduzido para a Cadeia Pública de Registro, onde agora aguarda novas determinações da Justiça. As autoridades notificaram a família do preso sobre sua recaptura, incluindo a irmã do detento, conforme registro no boletim de ocorrência. 

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A Fuga Durante a 'Saidinha': Benefício e Desafios
 

A "saidinha", também conhecida como saída temporária, é um direito concedido a presos que cumprem pena em regime semiaberto e que apresentam bom comportamento. Geralmente, esse benefício é aplicado em datas comemorativas, como Dia das Mães, Dia dos Pais, Natal e Ano Novo. O objetivo é oferecer aos presos a chance de estreitar laços familiares e reintegrar-se à sociedade gradualmente. Contudo, nem todos os beneficiários aproveitam a oportunidade como esperado. 

Esse benefício, embora positivo para muitos, representa um desafio para o sistema de segurança pública. A fuga do detento durante a "saidinha" em questão é um exemplo dos riscos associados ao sistema atual, especialmente quando se trata de presos com histórico criminal variado e reincidências. Algumas autoridades têm proposto a implementação de tecnologias mais avançadas, como monitoramento eletrônico contínuo ou o aumento das restrições para detentos com passagens criminais mais graves. 

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) não respondeu aos questionamentos sobre o caso específico até o fechamento desta matéria, mas destaca-se que o número de detentos que não retornam ao presídio após a "saidinha" não é desprezível e preocupa as autoridades.  

 

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