A mãe de Ianca Victoria de Oliveira Silva, jovem de 19 anos encontrada morta em uma área de mata em Registro, no Vale do Ribeira, interior de SP, pede justiça e clama pela prisão do responsável pelo crime. Ianca desapareceu após ligar para o namorado pedindo socorro logo depois de deixar a faculdade onde estudava farmácia.
Leia também
Jovem que ligou pedindo socorro e estava desaparecida é encontrada sem vida em matagal no interior de SP
"Quero que encontrem esse monstro. Não pode nem ser chamado de pessoa. Quem faz isso com uma menina tão nova, cheia de sonhos e de vida? Ele tem que pagar pelo que fez", desabafou Rosa Aparecida de Oliveira Azevedo, mãe da vítima.
Ianca foi vista pela última vez na quarta-feira (11), no Centro Universitário do Vale do Ribeira (Unisepe), em Registro. Seu corpo foi encontrado na manhã seguinte, por uma moradora local, próximo à instituição de ensino. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil como homicídio.
A mãe acredita que a filha foi vítima de um assalto e que, se isso ocorreu, Ianca teria entregado tudo. "Se queriam roubar, ela com certeza entregou, ela jamais arriscaria sua vida. O laudo inicial indicou morte por asfixia mecânica (estrangulamento), mas a polícia ainda está investigando."
Pedido de socorro ao namorado
Segundo Rosa, o namorado de Ianca foi até sua casa para informar que havia recebido uma ligação da jovem às 22h05 da quarta-feira. "Ela estava pedindo socorro e mandando alguém sair de perto dela", relatou a mãe.
Após saber do ocorrido, Rosa foi à delegacia para registrar um boletim de ocorrência, mas não conseguiu devido à apresentação de um flagrante no local e foi orientada a voltar na manhã seguinte. "Praticamente recebi a notícia da morte dela na delegacia", lamentou.
Ao retornar à delegacia, Rosa foi informada que a polícia já estava à procura de sua filha. "Quando estávamos saindo, os policiais chamaram meu marido em uma sala. Naquele momento, eu já sabia que algo grave tinha acontecido", contou.
Últimos momentos de Ianca
De acordo com a mãe, a jovem costumava esperar o ônibus em frente à faculdade após as aulas. "Não sei o que aconteceu, se ela saiu de lá por algum motivo, se se afastou das outras pessoas que estavam no ponto de ônibus. Estou sem respostas", afirmou Rosa, ainda tentando entender o que ocorreu.
Ianca, que estava no primeiro ano do curso de farmácia e estudava à noite, também trabalhava durante o dia em uma loja de roupas no shopping da cidade. "Ela sonhava em se formar, era muito estudiosa e batalhadora. Corria atrás de tudo o que queria", disse a mãe emocionada.
"Todo mundo gostava dela. Não consigo imaginar quem teria coragem de fazer essa barbaridade. É uma dor que não dá para descrever", finalizou.
Investigação em andamento
As polícias Civil e Militar estiveram no local onde o corpo foi encontrado, e o caso está sendo investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) como homicídio. Até o momento, nenhum suspeito foi preso, mas testemunhas começaram a ser ouvidas. O Instituto de Criminalística também foi acionado para recolher evidências, como uma mochila com marcas de sangue, que pode ser da vítima.
O Centro Universitário Unisepe divulgou uma nota de pesar nas redes sociais, lamentando a morte de Ianca: "Nossos corações estão em luto pela perda irreparável de nossa querida aluna. Que sua memória seja eternamente lembrada."
Mín. 15° Máx. 24°