Uma professora, de 28 anos, alega ter sofrido importunação sexual de um médico ginecologista durante um ultrassom transvaginal no pronto-socorro de Itariri (SP). Ela afirmou, neste sábado (9), que o homem 'alisou' a virilha dela com a mão em que segurava o aparelho e, com a outra, tocou no próprio pênis. "Me senti fraca, impotente e suja", desabafou.
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O crime teria acontecido na última quarta-feira (6), na unidade de saúde localizada na Avenida Benedito Calixto, no Centro da cidade. Um boletim de ocorrência sobre 'importunação sexual' foi registrado pela vítima na Delegacia de Polícia de Itariri (SP).
Segundo a mulher, que prefere não se identificar, o exame tinha como objetivo verificar um dispositivo intrauterino (DIU) já introduzido nela. A vítima explicou ter feito o procedimento outras vezes e, por isso, notou que este "demorou mais do que o necessário".
Ela acrescentou que uma assistente do médico estava na sala, mas "não tinha visão do que estava acontecendo e, se percebeu algo, não falou nada".
"Assim que ele disse que acabou, praticamente pulei da maca e fui me vestir. Saí da sala tremendo, com a minha visão embaçada", afirmou a mulher. "Eu tinha que trabalhar, mas fui pra casa e chorei muito porque me senti fraca, impotente e suja".
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Itariri (SP), mas não obteve um retorno até a última atualização desta matéria. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou apurar o caso.
Acusação
A mulher relatou que, durante o exame, a assistente do médico estava a uma distância de aproximadamente 1,5 metro dela e do profissional, digitando informações no computador enquanto ele fazia o procedimento.
"Ele estava de jaleco, sentado ao meu lado. Inseriu o aparelho e, até aí, era o normal", lembrou. "Mas com a 'mão do aparelho' ele se achou no direito de alisar a minha virilha e, com a outra mão, iniciou uma espécie de 'masturbação', tocando em seu pênis".
A mulher disse ter ficado 'paralisada' ao perceber a importunação sexual. "Não acreditei que aquilo estava acontecendo comigo, mesmo tendo outra pessoa na sala. Eu tinha perguntas sobre minha saúde e não consegui fazer".
A vítima contou sobre o ocorrido para o noivo, que a acompanhou até a Delegacia de Polícia de Itariri (SP). Conforme registrado no BO, policiais militares foram até a unidade de saúde. No local, o médico acusado informou às autoridades ter executado o procedimento "dentro dos padrões". Não localizamos a defesa dele até a última atualização desta matéria.
Sentimento
Por fim, a mulher contou que, desde o ocorrido, não consegue mais dormir ou comer direito. "Também não consigo ficar sozinha porque as cenas ficam se repetindo na minha cabeça", acrescentou ela.
"Saber que por eu ser mulher me torno um alvo fácil para um 'monstro' usar status e diploma para fazer o que queria com o meu corpo me deixa muito mal", desabafou ela. "Me sinto um lixo".
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