A investigação sobre a morte de um jovem quilombola de 18 anos sofreu uma reviravolta. O instrutor de monitoria ambiental e lutador de jiu-jitsu que o havia convidado para jantar em casa confessou à polícia tê-lo matado por asfixia após aplicar um mata-leão [golpe no pescoço], conforme apurado, neste sábado (8), com André Queiroz, delegado de Iporanga, no Interior de São Paulo.
Michael Ribeiro dos Santos foi encontrado morto no quintal da casa do homem, mas, conforme informações oficiais no começo da apuração, o rapaz teria morrido em decorrência de uma pancada na cabeça, durante a fuga de dois cachorros.
Desde o começo das investigações a Polícia Civil já trabalhava com a suspeita de que o instrutor teria matado o quilombola durante uma luta corporal. O homem, inclusive, havia sido preso temporariamente em 1° de julho.
Segundo Queiroz, a polícia representou pela prisão preventiva do instrutor, que é lutador de jiu-jitsu, e confessou uma discussão prévia à luta corporal e morte. O autor do crime, inclusive, havia declarado que Michael tinha corrido de um cachorro antes de, supostamente, ter batido a cabeça.
"O cachorro é manso. É um pitbull manso. Ele falou que a vítima falou de Deus, eles entraram em luta corporal. Não teve motivo amoroso, foi por motivo fútil", apontou o delegado.
Ainda de acordo com Queiroz, o instrutor será indiciado por homicídio qualificado por asfixia causado por motivo torpe.
Entenda o caso
Michael foi encontrado morto na casa do instrutor, na Estrada Iporanga-Apiai, na altura do bairro Serra, na última terça-feira (27). O rapaz morava com a avó no Quilombo Nhunguera, também em Iporanga, e estudava no curso desde o início do ano.
Segundo apurado junto à amigos da vítima pela TV Tribuna, emissora afiliada à Rede Globo, o jovem foi convidado para jantar na casa do instrutor na data do ocorrido.
