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Dólar Hoje: Moeda bate recorde histórico e atinge R$ 6,20 nesta terça-feira (17)

Na segunda-feira, o dólar já havia renovado o recorde nominal ao encerrar o dia em R$ 6,08.

Fagner Vieira
Por: Fagner Vieira Fonte: O antagonista
17/12/2024 às 18h49 Atualizada em 18/12/2024 às 13h43
Dólar Hoje: Moeda bate recorde histórico e atinge R$ 6,20 nesta terça-feira (17)
Dólar Hoje: Moeda bate recorde histórico e atinge R$ 6,20 nesta terça-feira (17) / Foto: Reprodução

O Dólar Hoje bateu um novo recorde de cotação nesta terça-feira, 17, fechando em R$ 6,095 após atingir a inédita marca de R$ 6,20 ao longo do dia. O cenário reflete a intensa volatilidade do mercado financeiro em resposta às recentes medidas econômicas anunciadas pelo governo Lula (PT) e às intervenções do Banco Central (BC). 

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A disparada da moeda americana foi contida temporariamente após o BC realizar dois leilões extraordinários de dólares no mercado à vista, injetando US$ 3,2 bilhões. Mesmo com essa ação emergencial, o dólar continuou em patamares elevados, reforçando a pressão sobre o real e alimentando incertezas entre investidores e analistas. 

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Na segunda-feira, o dólar já havia renovado o recorde nominal ao encerrar o dia em R$ 6,08. A alta reflete não apenas a cautela dos investidores com a eficiência das medidas fiscais, mas também as reações ao aumento da taxa básica de juros. 

Por que o Dólar Hoje bateu novo recorde? 

A valorização do Dólar Hoje está diretamente ligada à resposta do mercado ao pacote fiscal apresentado pelo governo ao Congresso. A proposta, que inclui cortes de gastos e medidas para equilibrar as contas públicas, gerou reações mistas e aprofundou as incertezas econômicas. 

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Investidores demonstram preocupação com a capacidade do governo em aprovar e implementar as medidas propostas. Essa insegurança fez com que o mercado buscasse o dólar como ativo de proteção, o que impulsionou a valorização da moeda americana frente ao real. 

Além disso, a alta do dólar foi intensificada pela combinação de fatores internos e externos, como: 

  • Aumento da taxa de juros: A recente elevação da Selic impacta diretamente a confiança do mercado. 

  • Cenário internacional: A valorização global do dólar, especialmente em momentos de incerteza geopolítica, reforça a tendência de alta. 

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  • Fuga de capital: Investidores estrangeiros estão realocando recursos para economias mais estáveis e seguras, pressionando ainda mais o real. 

Intervenção do Banco Central no Dólar Hoje 

Para conter a pressão sobre o real, o Banco Central realizou, nesta terça-feira, dois leilões extraordinários de dólares, totalizando a venda de US$ 3,2 bilhões. As intervenções ocorreram pela manhã, quando o dólar atingiu o pico de R$ 6,20, e conseguiram reduzir temporariamente a cotação para R$ 6,12. 

O papel do Banco Central é fundamental para evitar um descontrole ainda maior da moeda. No entanto, analistas apontam que as intervenções sozinhas não são suficientes para reverter a tendência de alta do dólar. O mercado espera por ações mais robustas e uma sinalização clara sobre o futuro da economia brasileira. 

O impacto da votação do pacote fiscal no Dólar Hoje 

A alta do Dólar Hoje também foi influenciada pelo cenário político. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), afirmou que os parlamentares devem votar parte do pacote fiscal na quarta-feira, 18. A fala de Lira trouxe um pequeno alívio momentâneo, reduzindo a volatilidade da moeda ao longo do dia. 

No entanto, Lira deixou claro que não há garantias sobre o resultado da votação. Segundo ele: 

“Não estou garantindo aprovação nem rejeição. Nós vamos votar, estamos discutindo e conversando.” 

A incerteza política gera desconfiança no mercado financeiro, mantendo o dólar em níveis elevados. O pacote fiscal é visto como crucial para a retomada da confiança dos investidores e para a estabilização econômica do país. 

O que esperar do Dólar Hoje nos próximos dias? 

Especialistas afirmam que o comportamento do Dólar Hoje nos próximos dias dependerá de três principais fatores: 

  • Resultado da votação no Congresso: A aprovação ou rejeição do pacote fiscal será determinante para o mercado. Uma sinalização positiva pode ajudar a reduzir a pressão sobre o real. 

  • Intervenções do Banco Central: Novas ações emergenciais do BC podem ser necessárias para evitar uma escalada ainda maior do dólar. 

  • Cenário internacional: A valorização global do dólar e os movimentos da economia dos Estados Unidos continuarão influenciando o comportamento da moeda. 

Investidores devem ficar atentos às próximas movimentações políticas e econômicas, que podem trazer novos impactos na cotação do dólar. 

Consequências da alta do Dólar Hoje para a economia 

A disparada do dólar tem efeitos diretos e indiretos sobre a economia brasileira. Entre os principais impactos estão: 

  • Aumento da inflação: Produtos importados, como combustíveis e eletrônicos, ficam mais caros com a alta do dólar, pressionando os índices inflacionários. 

  • Encarecimento de viagens internacionais: A valorização do dólar torna as viagens ao exterior mais onerosas para os brasileiros. 

  • Impacto nas empresas: Empresas que dependem de insumos importados enfrentam custos mais altos, o que pode afetar o preço final dos produtos. 

  • Endividamento em dólar: Companhias com dívidas em moeda estrangeira podem ter dificuldades em honrar seus compromissos. 

Por outro lado, setores como agronegócio e exportação podem ser beneficiados com o aumento da competitividade no mercado internacional. 

O Dólar Hoje e os desafios econômicos 

O recorde histórico do Dólar Hoje, que chegou a R$ 6,20, reflete o momento de incerteza que o Brasil enfrenta, tanto no campo econômico quanto político. Apesar das intervenções do Banco Central, a volatilidade do mercado financeiro permanece elevada. 

A votação do pacote fiscal no Congresso será um divisor de águas para o comportamento da moeda nos próximos dias. Uma resposta positiva pode ajudar a estabilizar o dólar, enquanto um resultado negativo tende a intensificar ainda mais a pressão sobre o real. 

Diante desse cenário, o Dólar Hoje continua sendo um termômetro da confiança dos investidores na economia brasileira. O mercado, agora, aguarda com expectativa os próximos capítulos dessa história. 

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